sexta-feira, dezembro 02, 2005

Ruas do Porto albergam, ainda, várias toneladas de lixo


Segundo informações da Agência Lusa, apesar do comunicado feito pelo vice- presidente da CMP, Álvaro Castello- Branco, criticando o procedimento dos sindicatos – STAL e SINTAP- por terem dado cobertura a acções que, na noite de terça-feira, impediram a saída das viaturas destinadas à recolha de resíduos urbanos, tal como ficara acordado aquando da definição dos serviços mínimos, a verdade é que a cidade continua a conviver com contentores de lixo a rebentar pelas costuras e verdadeiras montanhas de lixo urbano. Isto porque, embora os sindicatos tenham garantido que a partir do segundo dia de greve seriam assegurados serviços mínimos para recolher lixo em sacos plásticos espalhados pelos passeios, hospitais, feiras e mercados, segundo fonte sindical, por discordarem da "listagem das áreas" definidas para a concretização dos serviços mínimos, os trabalhadores decidiram impedir a saída dos camiões e dos cantoneiros destacados para o efeito.
Assim sendo, o resultado desta acção pode ser apreciado, entre outros locais, em plena Baixa Portuense, bem como, junto ao Palácio de Cristal. Mais sorte, tiveram as zonas cuja recolha de lixo é assegurada por uma empresa privada. Segundo fonte do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), o Porto só deverá ficar limpo dentro de "três a quatro dias", uma vez que, segundo José Pinto, do STAL, "os trabalhadores não conseguirão esta noite dar vazão a tanto lixo", acrescentando que, "os 53 camiões que habitualmente saem à rua não conseguem absorver tantas toneladas de lixo".
Esta contenda entre os cantoneiros municipais e a CMP deve-se à suspensão do pagamento do prémio nocturno que, como já foi referido, constitui cerca de 20% do salário destes trabalhadores.