segunda-feira, maio 22, 2006

Andebol nacional


ABC sagra-se campeão nacional de andebol


O ABC é o novo campeão nacional de andebol. Os academistas precisaram de cinco jogos para chegar ao título, e, ontem, carimbaram o título ao derrotar o FC Porto, por 26-18. Os portistas saíram de Braga como vice-campeões, igual posto com que terminaram o campeonato do ano passado. Os arsenalistas sucedem ao Madeira SAD, vencedor na edição do ano passado.


Foi difícil o ABC voltar a reencontrar o título de nacional de andebol. Seis anos depois do último título nesta competição, o ABC sagrou-se campeão pela 11ª vez. Já o FC Porto ficou a um pequeno passo de fazer a festa, tal como tinha acontecido em 2005, quando foi derrotado pelo Madeira SAD. À entrada para a finalíssima de ontem, tudo estava em aberto e os portistas chegaram a sonhar com o regresso do título, depois do tricampeonato de 2004.
Tudo parecia encaminhado para um novo taco-a-taco a espreitar um possível prolongamento, quando, antes dos primeiros quinze minutos, o ataque portista baqueou. Bastou Carlos Ferreira negar três golos a Carlos Resende, mais um mau passe de David Tavares, para o FC Porto ficar sete minutos sem marcar, ao mesmo tempo que o ABC acertava nas rápidas reposições de bola no ataque, surpreendendo sucessivamente os visitantes. Recuperar de uma desvantagem de três golos tornou-se fatal, quando em causa estava um título nacional e a equipa da casa não parecia disposta a distrair-se um segundo que fosse.
A táctica 5:1 dos academistas resultou, sobretudo, porque soube evitar incursões aos seis metros, provocando dificuldades aos portistas que tentavam remendar, por exemplo, fragilidades na meia-distância. Com um lateral-direito estrangeiro pouco produtivo, o técnico dos dragões, Paulo Jorge Pereira, adaptou novamente David Tavares para a posição de Tomic. Percebeu que os defesas academistas não lhe davam margem de manobra e puxou Sérgio Lopes para este lugar. Não usou muito Álvaro Rodrigues e acabou por lançar Carlos Martingo, enquanto Carlos Resende, outro grande desequilibrador dos azuis, não encontrava maneira de ultrapassar Carlos Ferreira, o guardião da formação bracarense. No sector defensivo, o mesmo técnico acabou por abandonar o 6:0 para experimentar marcações individuais, com especial atenção para Luís Bogas e também Carlos Matos, mas ontem nada deu resultado. O ABC secou a ofensiva portista e, na hora de atacar, contou sobretudo com o espírito combativo e a experiência de Carlos Matos, obrigado a pensar em formas de desequilibrar, já que Bogas esteve sempre demasiado vigiado.
Terminou aqui a temporada para o ABC. Resta ao FC Porto pensar na Taça de Portugal, cuja “final-four” disputará com Sporting, Belenenses e São Bernardo, já no próximo fim-de-semana.

Fontes:
Diário do Minho
A Bola