sexta-feira, abril 07, 2006

Economia


Durão Barroso após reunião em Estrasburgo

Portugal pode vir a ser beneficiado com o novo orçamento europeu 2007-2013


O novo orçamento comunitário para 2007-2013 poderá trazer grandes perspectivas para Portugal. Com o aumento das verbas do orçamento, Durão Barroso crê que Portugal poderá vir a beneficiar com mais fundos comunitários.


O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, está confiante que Portugal pode sair beneficiado com o aumento do orçamento comunitário para 2007-2013, acordado na terça-feira à noite em Estrasburgo. Neste aumento está incluído no programa "Perspectivas Financeiras" que acrescenta quatro mil milhões de euros ao pacote inicial de 862.363 milhões de euros, acordado em Dezembro.
Durão Barroso afirma que Portugal poderá receber mais fundos "em alguns aspectos específicos como as redes transeuropeias e várias questões ligadas à Agenda de Lisboa para a inovação". No entanto, o presidente da Comissão, acrescentou que muito depende "dos projectos que Portugal, como os outros países, apresentar".
O novo pacote foi conseguido após um período de negociações intensas, em que os eurodeputados exigiam um aumento de 12 mil milhões de euros, sobre o acordo inicial, enquanto a presidência austríaca da UE, sob indicações dos 25 estados-membros, dava indicações que não poderia disponibilizar mais de dois mil milhões.O Parlamento Europeu tinha considerado o orçamento inicial como insuficiente para responder aos desafios que se apresentam à União Europeia, nomeadamente com a absorção dos novos Estados-Membros do Leste e a concorrência de outros países como a China e a Índia.
Além de dois mil milhões de euros injectados no orçamento, para o período de sete anos, a parte restante do novo acordo deriva de verbas não gastas e reservas para despesas administrativas e de emergência.Do reforço orçamental que acabou por ser acordado, 500 milhões de euros serão dedicados às redes transeuropeias de transporte, 500 milhões ao apoio da juventude, cultura, saúde e protecção do consumidor e 400 milhões à competitividade e inovação, para além de outras rubricas, como a assistência a Pequenas e Médias Empresas. 800 milhões de euros destinam-se a programas de educação e formação como o Erasmus e o Leonardo da Vinci, vocacionados para a cooperação e intercâmbio entre universidades europeias.

Fontes:

DN
RTP