domingo, maio 28, 2006

Montemor-o-Novo acolhe Evento Cultural


O Moinho do Ananil é palco desta iniciativa, nos dias 2, 3 e 4 de Junho, dando continuidade aquilo que são os pressupostos de “Projectar o Rio”, levado a cabo por Oficinas do Convento – associação cultural de arte e comunicação, com início desde 2004.

O Evento comporta pintura, escultura, instalação, vídeo, e música, que irão invadir o espaço do moinho e área envolvente. Concertos, performances, exposições, agricultura biológica, artesanato e passeios de interpretação na natureza complementam o programa.

A Oficinas do Convento, vem assim apresentar mais uma proposta de dinamização de um espaço trazendo novas propostas dos variados campos da criação artística contemporânea.

A entrada é grátis e conta com a organização da Oficinas do Convento, do Espaço Maus Hábitos (Porto) e da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo.

Sobre o Moinho
Ananil era o nome do moleiro que agora vem dar nome a este evento. Localizado junto ao rio Almansor, o moinho do Ananil foi e é um moinho de água que durante mais de trinta anos viu por abandonada a sua vocação como moinho. Hoje acolhe vários eventos culturais.

sábado, maio 27, 2006

Actualidade internacional


Bin Laden em gravação áudio difundida na Internet

“Zacarias Moussaoui não tem nenhuma relação com os ataques do 11 de Setembro”

Zacarias Moussaoui não participou nos ataques às torres gémeas do World Trade Center, de 11 de Setembro de 2001. Quem o diz é Osama bin Laden, líder da Al-Qaeda. Moussaoui foi condenado a prisão perpétua, no passado dia 3 de Maio.


O líder da rede terrorista Al-Qaeda, Osama bin Laden, afirma, numa gravação áudio difundida na Internet, que o francês de origem marroquina Zacarias Moussaoui "não tem nenhuma relação" com os atentados terroristas de 2001 nos Estados Unidos.
Na gravação, reproduzida pela estação de televisão Al-Jazira e cuja autenticidade ainda não foi confirmada, Bin Laden recorda que foi ele próprio quem incumbiu os 19 homens implicados no ataque e que Moussaoui não era um deles. Esta revelação torna-se surpreendente, na medida em que Zacarias Moussaoui é, até agora, o único homem condenado pelos ataques do 11 de Setembro."A verdade é que o irmão Moussaoui não tem nenhuma relação com os ataques do 11 de Setembro. Digo-o com toda a segurança porque fui eu que encarreguei 19 irmãos e ele [Moussaoui] não foi um deles", assegura a voz atribuída a Bin Laden."Os que levaram a cabo o 11 de Setembro estavam distribuídos por dois grupos: um de pilotos e outro de assistência", acrescentou. "Se Moussaoui esteve com eles, que mencione os nomes de alguns dos que participaram nos acontecimentos. Mas não poderá fazê-lo, simplesmente porque não estava com eles", garantiu o líder.Moussaoui foi condenado, no dia 3 deste mês, a prisão perpétua, sem possibilidade de libertação, pelos atentados que mataram cerca de três mil pessoas em 2001.Ainda de acordo com a gravação áudio atribuída a Bin Laden, as confissões de Moussaoui são "nulas e sem valor", já que "são resultado das pressões exercidas sobre ele durante quatro anos".Bin Laden assegura ainda que apenas dois homens das centenas de detidos no âmbito do 11 de Setembro estão realmente envolvidos no planeamento dos atentados, não adiantando as suas identidades.


Fontes:
Diário de Notícias
Agência Lusa

segunda-feira, maio 22, 2006

Andebol nacional


ABC sagra-se campeão nacional de andebol


O ABC é o novo campeão nacional de andebol. Os academistas precisaram de cinco jogos para chegar ao título, e, ontem, carimbaram o título ao derrotar o FC Porto, por 26-18. Os portistas saíram de Braga como vice-campeões, igual posto com que terminaram o campeonato do ano passado. Os arsenalistas sucedem ao Madeira SAD, vencedor na edição do ano passado.


Foi difícil o ABC voltar a reencontrar o título de nacional de andebol. Seis anos depois do último título nesta competição, o ABC sagrou-se campeão pela 11ª vez. Já o FC Porto ficou a um pequeno passo de fazer a festa, tal como tinha acontecido em 2005, quando foi derrotado pelo Madeira SAD. À entrada para a finalíssima de ontem, tudo estava em aberto e os portistas chegaram a sonhar com o regresso do título, depois do tricampeonato de 2004.
Tudo parecia encaminhado para um novo taco-a-taco a espreitar um possível prolongamento, quando, antes dos primeiros quinze minutos, o ataque portista baqueou. Bastou Carlos Ferreira negar três golos a Carlos Resende, mais um mau passe de David Tavares, para o FC Porto ficar sete minutos sem marcar, ao mesmo tempo que o ABC acertava nas rápidas reposições de bola no ataque, surpreendendo sucessivamente os visitantes. Recuperar de uma desvantagem de três golos tornou-se fatal, quando em causa estava um título nacional e a equipa da casa não parecia disposta a distrair-se um segundo que fosse.
A táctica 5:1 dos academistas resultou, sobretudo, porque soube evitar incursões aos seis metros, provocando dificuldades aos portistas que tentavam remendar, por exemplo, fragilidades na meia-distância. Com um lateral-direito estrangeiro pouco produtivo, o técnico dos dragões, Paulo Jorge Pereira, adaptou novamente David Tavares para a posição de Tomic. Percebeu que os defesas academistas não lhe davam margem de manobra e puxou Sérgio Lopes para este lugar. Não usou muito Álvaro Rodrigues e acabou por lançar Carlos Martingo, enquanto Carlos Resende, outro grande desequilibrador dos azuis, não encontrava maneira de ultrapassar Carlos Ferreira, o guardião da formação bracarense. No sector defensivo, o mesmo técnico acabou por abandonar o 6:0 para experimentar marcações individuais, com especial atenção para Luís Bogas e também Carlos Matos, mas ontem nada deu resultado. O ABC secou a ofensiva portista e, na hora de atacar, contou sobretudo com o espírito combativo e a experiência de Carlos Matos, obrigado a pensar em formas de desequilibrar, já que Bogas esteve sempre demasiado vigiado.
Terminou aqui a temporada para o ABC. Resta ao FC Porto pensar na Taça de Portugal, cuja “final-four” disputará com Sporting, Belenenses e São Bernardo, já no próximo fim-de-semana.

Fontes:
Diário do Minho
A Bola

Actualidade nacional


Ministério Público arquiva queixa por difamação contra Fátima Felgueiras


O Ministério Público arquivou hoje um inquérito contra Fátima Felgueiras, autarca de Felgueiras, por suspeitas de injúrias à justiça e contra dois dos seus antigos colaboradores proferidas em Dezembro de 2004. A edil está a ser acusada por 23 crimes no processo do saco azul.


O Ministério Público decidiu arquivar hoje um inquérito contra a autarca Fátima Felgueiras, presidente da Câmara Municipal de Felgueiras, por alegadas de injúrias à justiça e contra dois dos seus antigos colaboradores. Estas acusações datam de Dezembro de 2004.
O magistrado do Ministério Público não encontrou provas de que a autarca de Felgueiras tenha difamado a justiça e os seus dois ex-colaboradores, Horácio Costa e Joaquim Freitas, durante uma entrevista em Dezembro de 2004 à Rádio Felgueiras e que foi parcialmente transcrita no "Jornal de Notícias".Durante o inquérito Fátima Felgueiras rejeitou qualquer intenção de difamar a justiça e os dois ex-colaboradores. O inquérito envolveu uma suspeita do crime de difamação e injúria contra as magistraturas, numa mensagem de Natal que a autarca difundiu através da Rádio Felgueiras, na qual se dizia inocente e afirmava que, na sua ausência, estavam a ser "forjadas provas" contra ela. A mensagem criticava também a actuação da justiça no âmbito do chamado caso do saco azul.O texto jornalístico foi depois enviado por Horácio Costa à Procuradoria-Geral da República, que mandou abrir o respectivo inquérito judicial.Fátima Felgueiras está acusada de 23 crimes no processo do "saco azul", que transitou do Tribunal da Relação de Guimarães para o de Felgueiras, onde vai ser distribuído a um colectivo de juízes para julgamento.


Fonte:
RTP

Obras de Dan Brown lideram top de vendas da Bertrand


Todas as obras do escritor, editadas em Portugal, estão no top de vendas das duas principais redes livreiras do país, a Bertrand e a Fnac.
Segundo informações veiculadas pela agência Lusa, A estreia do filme "O Código Da Vinci", adaptado da obra homónima de Dan Brown, voltou a colocar o romance nos lugares cimeiros do top das livrarias FNAC e Bertrand relativo ao período de 15 a 21 de Maio.
Os quatro primeiros lugares nas duas tabelas estão ocupados pelas mesmas obras, sendo a liderança assegurada por "Fortaleza Digital".
Dan Brown é aclamado pela crítica como sendo um escritor irreverente, que interliga de uma forma muito inteligente a realidade e a ficção. Antes de estourar no mundo inteiro com O Código Da Vinci, Dan Brown já demonstrava um talento singular como contador de histórias no seu primeiro livro, Fortaleza Digital, lançado em 1998 nos Estados Unidos.
Muitos dos ingredientes que, anos depois, fariam com que o autor fosse reconhecido como um novo mestre dos livros de acção e suspense já estavam presentes no seu romance de estreia: a narrativa rápida, a trama repleta de reviravoltas que prendem o leitor da primeira à última página e o fascínio exercido por códigos secretos, criptografia e enigmas misteriosos.
Fonte: Agência Lusa

Sport TV proíbe exibição pública do Mundial de Futebol


A Sport TV confirma ter alertado várias entidades para a proibição de exibir publicamente os jogos do Mundial de Futebol 2006, que vai decorrer na Alemanha a partir de 9 de Junho.
Embora “os direitos de transmissão televisivas” tenham sido comprados pela Sport TV e pela SIC, foi a Sport TV que “comprou todos os direitos de exibição pública”, explica uma fonte oficial da estação. Isto quer dizer “que os jogos transmitidos pela SIC também não podem ser exibidos publicamente" em ecrãs gigantes colocados na rua ou em estabelecimentos comerciais como bares e restaurantes.
Não sabendo como será feito o controlo pelo canal codificado do desporto, a mesma fonte admitiu que esta decisão do conselho de administração do canal "visa sobretudo evitar as acções de exibição pública que estão a ser preparadas por muitas juntas de freguesia".
"A Sport TV não quer entrar em guerras com ninguém mas também não quer ser prejudicada", concluiu.
A Sport TV irá efectuar acompanhamento noticioso permanente da competição com especial atenção para: a Selecção Nacional, com intervenções em directo a partir dos treinos e transmissão de conferências de imprensa; a Selecção da Angola, com acompanhamento permanente com uma equipa de reportagem; e, para a Selecção do Brasil, com acompanhamento permanente.
Fonte: Agência Lusa

domingo, maio 21, 2006

Boss AC leva estudantes ao rubro


Festas do Enterro da Gata
Marcada pelo ritmo do hip-hop, a noite de terça-feira, no Enterro da Gata, aplaudiu Melo D e sobretudo Boss AC. O cantor de “Princesa” entrou em palco e não precisou de muito para levar a plateia ao rubro.
Talvez seja pelas razões apontadas por Boss AC, em entrevista ao COMUM – “o hip-hop está de boa saúde e recomenda-se”, até porque “o que é nacional é bom”.
“A música portuguesa está cada vez mais a ter o espaço que realmente merece. Basta ir aos concertos e ver como as pessoas reagem à música portuguesa. Isto é um trabalho de grupo, o grupo canta, mas o público tem que estar lá e, cada vez mais tenho a certeza que o público está lá”, refere.
A sensação de ouvir milhares de pessoas a cantar as suas músicas “é única” e, apesar de já estar habituado “não dá para descrever”. Quanto ao futuro, Boss AC sublinha que apenas pretende continuar no actual caminho. “Fazer música que gosto, dizer o que penso, nunca me sujeitar às vontades alheias. A primeira a pessoa a satisfazer sou sempre eu! Penso que se me mantiver fiel a mim próprio tudo correrá bem”, acrescenta o cantor.
A curta entrevista com Boss AC está no fim. Vindo da enorme massa estudantil presente no recinto dos concertos, o chamado Gatódromo, passa o corpo de enfermeiros auxiliares do INEM carregando uma jovem que perdeu os sentidos, aparentemente por causa do álcool. Música, drogas e álcool são os excessos característicos destas horas de festa, levando jovens universitários a precisar de assistência médica.
Apesar de tudo, dos excessos, das más condições sanitárias que consistem na “parte pior e mais nojenta do enterro”, as festas do Enterro da Gata atraem milhares de estudantes. Não só pelos concertos, mas também pelos amigos que se fazem, pelo convívio e, como refere Zé Pedro, estudante de Economia, "pelos shots oferecidos nas barraquinhas".
Basicamente, os estudantes não dispensam o Enterro da Gata, porque “é uma oportunidade para descomprimir, curtir, estar com os amigos, conhecer gente nova”, até porque “a seguir ao enterro vêm os exames e é preciso aproveitar”, salienta Sofia Cerqueira, estudante de Comunicação Social.

Finlândia vence o Festival da Eurovisão

O grupo finlandês de “heavy-metal” Lordi, arrecadou o 1º lugar

Foi no sábado, dia 20, que se realizou a grande final do 51º Festival da Eurovisão, desta vez na Grécia, a grande vencedora de 2005. Cantando "Hard rock halléluia", o grupo finlandês de “heavy-metal” Lordi arrecadou 292 pontos, consagrando-se, assim, o grande vencedor da noite, contra 23 concorrentes.

Foi a primeira vitória finlandesa, esperada há 44 anos e, também, a primeira vez que um grupo de "heavy-metal" participou no Festival da Eurovisão, visto por telespectadores de 38 países, incluindo Portugal.

Em segundo lugar, ficou a Rússia com o cantor Dima Bilan entoando "Never let you go", enquanto a Bósnia-Herzegovina se posicionou em terceiro lugar com o cantor Hari Mata Hari e a sua canção de amor "Lejla".

Os cinco membros dos Lordi, vestidos como personagens de um filme de horror, cantaram sob uma chuva de efeitos pirotécnicos, numa actuação divertida. "As crianças adoram-nos, parecemo-nos com os seus brinquedos", disse recentemente o seu vocalista, acrescentando que "Estamos na Eurovisão um pouco como carnívoros num café vegetariano".

O Festival da Eurovisão teve lugar em Atenas, no Olympic Stadium’s Indoor Hall, contando com a participação de 38 países. A apresentação do espectáculo esteve a cargo de Sakis Rouvas e Alexandra Pascalidou.

Os países concorrentes foram: Albânia, Chipre, Islândia, Holanda, Espanha, Andorra, Dinamarca, Irlanda, Noruega, Suécia, Arménia, Estónia, Israel, Polónia, Suiça,Bielorrússia, Finlândia, Lituânia, Portugal Turquia,Bélgica, França, Roménia, Ucrânia, Bósnia & Herzegovina, Macedónia, Malta, Rússia, Reino Unido, Bulgária, Alemanha, Moldávia, Sérvia & Montenegro, Croácia, Grécia, Mónaco, Eslovénia, Letónia.

Portugal, que concorreu com a canção "Coisas de Nada", interpretada pelo grupo NONSTOP foi eliminado na semi-final.
fonte: Agência Lusa

domingo, maio 07, 2006

Universidade do Minho

Nova Entidade Reguladora em discussão na U.M.

“A regulação dos media surge porque o mercado não funcionaria melhor de outra forma”

A nova entidade reguladora para a Comunicação Social analisou numa palestra, os poderes da sua organização. Muitos vêem esta regulação como defensora da liberdade de imprensa, no entanto muitos criticam este organismo pelo seu carácter repressor e condicionador da investigação jornalística.

A nova Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) reuniu-se na U.M., no passado dia 10 de Abril, para participar na conferência “A Nova Entidade Reguladora no quadro das políticas de comunicação em Portugal”. A iniciativa contou com a presença de políticos, académicos, de profissionais dos media e das entidades reguladoras.
Numa altura de transição, a ERC está a conseguir impor-se em relação à Alta Autoridade para a Comunicação Social (AACS). O ministro dos assuntos Parlamentares com a tutela da Comunicação Social, Augusto Santos Silva, defendeu a independência dos órgãos dos media, relativamente aos poderes públicos, políticos e administrativos. “As agendas dos jornalistas e dos políticos estão cruzadas, existe uma promiscuidade entre elas”, referiu Estrela Serrano,a vogal do conselho regulador da ERC, a propósito desta ideia. Não é consensual a análise dos poderes da ERC, já que muitos defendem que este organismo como defensor da liberdade de imprensa, contudo há uma outra facção que considera esta organização “repressora e condicionante da investigação jornalística”.

Competências da ERC

Na sua intervenção, Augusto Santos Silva apresentou algumas das funções inerentes à Entidade Reguladora para a Comunicação Social, criadas pela revisão constitucional de 2004. Estas competências resumem-se à defesa da liberdade de expressão, a garantia da não concentração dos meios de comunicação e pelos direitos de autor e resposta, entre outras. O ministro referiu que este órgão administrativo é determinante no panorama dos media porque “a regulação dos media é necessária porque a constituição proíbe qualquer tipo de censura”. Num estado democrático, a regulamentação dos media é essencial, conforme considerou o membro do executivo.

“Concentração: os desafios à Entidade Reguladora”

Elsa Costa e Silva, jornalista do Diário de Notícias e membro do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da UM, mencionou que “é a primeira vez que a concentração dos meios de comunicação numa empresa entra em nome próprio no quadro regulador”.
A sessão dedicada ao tema “Novos desafios à Regulação dos Media” contou com a intervenção do director do centro de documentação da RTP, Pedro Braumann, e da investigadora em programação para a infância, Sara Pereira.
Pedro Braumman enquadrou a necessidade da regulação com o bom funcionamento das instituições. “A regulação dos media surge porque o mercado não funcionaria melhor de outra forma”, assegurou. O mesmo defendeu várias formas de intervenção, como por exemplo, o estabelecimento de quotas de emissão de música portuguesa nas rádios nacionais. Para este convidado, a intervenção do Estado pode ter, igualmente, fundamentos económicos.

A importância da regulação da programação infantil

A investigadora Sara Pereira, membro do CECS, indicou que a regulação da programação infantil é uma área prioritária em diferentes países: “a televisão é um elemento de socialização, onde a criança constrói a sua cidadania”. Os interesses da estação não podem estar “acima dos interesses das crianças”, referiu. Já com vários livros publicados sobre a relação entre as crianças e os media, Sara Pereira mostrou algumas tendências da programação infanto-juvenil. A transmissão de programas para este público é emitida cada vez mais cedo e, na sua grande maioria, são produzidos no estrangeiro. Comparando Portugal com outros países europeus, a moderadora deste painel defendeu “a necessidade de mais legislação e do cumprimento da legislação existente”. Em Portugal, “não existem resoluções para a TV de crianças”, afiançou. Para que as crianças sejam protegidas de algum conteúdo mais ofensivo, a convidada defendeu que é necessário inquirir as crianças sobre os conteúdos televisivos. “É preciso olhar para as crianças como human beings e não como human becomings”, aludiu.

A alteração do Estatuto do Jornalista e a necessidade de uma ERC

O último painel desta conferência abordou a “Regulação, Auto-regulação e empresas mediáticas”. A moderar o debate esteve o presidente do Sindicato de Jornalistas, Alfredo Maia: “está em revisão o Estatuto de Jornalista que intensificará os deveres deontológicos de um jornal”. O dirigente afirmou que estão a ser “introduzidos alguns deveres sindicáveis e um regime disciplinar que poderá levar à suspensão do título profissional em caso de sanção”. Maia fez referência ao papel subalterno que o jornalista ocupa na hierarquia de uma empresa.
A docente da UM e membro do CECS, Felisbela Lopes, concluiu este dia de palestras com a ideia de que é mesmo necessária uma Entidade Reguladora para evitar situações como a revelação de nomes de crianças que são vítimas de maus-tratos.
Paralelamente às conferências, foi também lançado o livro “Comunicação Responsável a Auto-Regulação dos Media”, de Hugo Aznar. O docente da UM, Joaquim Fidalgo, ficou encarregado da sua apresentação.